quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A todos os meus Amigos!!


Dedico essa crônica do nosso querido Vinícius de Morais, a todos os meus amigos, inclusive aqueles que ainda não sabem que estão guardados no meu coração e os que acham que não mais estão...

Amigos (Vinicius  de Morais)
Tenho  amigos que não sabem  o quanto são meus  amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A  amizade é um sentimento mais  nobre do que o amor, eis que permite  que o objeto dela se divida em outros  afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E  eu poderia suportar,  embora não sem dor,  que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!  Até  mesmo aqueles que não  percebem o quanto são  meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro,  basta-me saber que eles  existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos  deles estão lendo esta  crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E  às vezes, quando os  procuro, noto que eles  não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se  um deles morrer, eu  ficarei torto para um  lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por  vezes, mergulho em pensamentos  sobre alguns deles.  Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se  alguma coisa me consome  e me envelhece é  que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A  gente não faz amigos,  reconhece-os.

Um forte abraço!!
Com carinho!
Pocahontas

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